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UFPB Mundi – Entrevista com Estudante cursando Intercâmbio no México

publicado: 18/03/2025 00h39, última modificação: 18/03/2025 00h40

A campanha UFPB Mundi visa compartilhar relatos e experiências de alunos da UFPB que realizam ou realizaram mobilidade acadêmica internacional. Thales Ferreira Fideles é estudante de Línguas Estrangeiras Aplicadas à Negociações Internacionais na UFPB e está atualmente cursando Licenciatura em Comércio Internacional em Texcoco, no México, na Universidad Autónoma Chapingo. Na entrevista a seguir, Thales relata um pouco de como tem sido sua experiência de intercâmbio e dá dicas para alunos que desejam cursar intercâmbio.

 

Como tem sido sua experiência na universidade?

Minha experiência na universidade tem sido bem surpreendente. Sempre que falo que sou brasileiro, professores e estudantes se mostram muito receptivos. Na primeira semana, ainda estava tentando entender a dinâmica daqui, então me inscrevi em várias atividades, como natação e uma oficina de produção de vídeo. Tem sido uma forma legal de me integrar e conhecer pessoas.

 

Há quanto tempo está no país estrangeiro e como está sendo a adaptação?

Agora em março, completo dois meses aqui no México. A adaptação tem sido tranquila, principalmente porque outros intercambistas me ajudaram bastante nos processos que poderiam ser mais complicados. Ter essa rede de apoio fez toda a diferença, principalmente porque cheguei uma semana depois que a maioria do pessoal.

 

Como é sua rotina na instituição estrangeira e quais são as diferenças com o ensino do Brasil?

Minha rotina aqui está bem cheia. Estou cursando três disciplinas, e cada uma tem aula três vezes por semana. Além disso, faço natação todos os dias(oferecido gratuitamente pela universidade) e participo de uma oficina de produção audiovisual. Essas atividades ocupam meus três turnos do dia.

Uma diferença que percebi logo de cara em relação ao ensino no Brasil é a dinâmica entre professores e alunos. Aqui, os estudantes são bem mais calados e participam pouco das aulas de forma ativa, quase não fazem perguntas ou interagem com os professores. Isso me chamou bastante atenção.

 

Quais dificuldades você está enfrentando no intercâmbio?

Sem dúvida, a maior dificuldade é estar longe dos meus amigos e da família. Esse é o único ponto que acho realmente “paia”, mas entendo que faz parte do processo. E tenho aproveitado para transformar essa "dificuldade" em oportunidade pra fazer novos colegas por aqui. Outra dificuldade que é mais um “perrengue chique” é que aqui as tomadas são diferentes, e eu esqueci de trazer adaptadores, então carregar meu notebook/celular nas primeiras semanas foi quase uma missão impossível.

 

Teve algum choque cultural ou alguma história engraçada para compartilhar?

O maior choque cultural, sem dúvidas, é a culinária. Tenho algumas histórias cômicas sobre isso! Por exemplo, tenho uma aula às 8h da manhã, horário clássico de café da manhã. Mas, para minha surpresa, toda aula nesse horário alguns estudantes aparecem com um saco de Doritos Picante e um pote de pimenta, comendo como se fosse água! Para mim, isso sempre vai ser um choque. Aqui, quanto mais ardida a pimenta, melhor para eles.

E a pimenta está presente em tudo, principalmente nos molhos. Na minha primeira semana, o reitor organizou um momento de convivência para os intercambistas, algo parecido com um churrasco, mas com tacos, o que eles chamam de "taquiza". Vi um molho super bonito e enchi meu prato, achando que seria tranquilo... Bom, só consegui comer duas garfadas porque estava absurdamente picante! Ri muito e nunca mais confiei em molhos que são verdes ou vermelhos aqui.

 

Qual a importância do intercâmbio para você e o que tem a dizer para estudantes que almejam realizar um?

Como estudante de línguas e comércio internacional, o intercâmbio tem uma importância indescritível para mim. Aqui, estou colocando em prática tudo que aprendi na UFPB, o que é uma experiência única.

Para quem quer fazer intercâmbio, minha dica é: aperfeiçoe um idioma estrangeiro e fique sempre de olho nos editais de mobilidade internacional. As oportunidades existem, mas é preciso estar atento para aproveitá-las.

 

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Mariana Araújo (2024.2)