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Pesquisa da UFPB estimula princípios da economia circular na agricultura da Paraíba
Um grupo de professores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade Federal da Paraíba (PPGE/UFPB) está desenvolvendo um projeto de pesquisa inovador, com o objetivo de investigar e estimular a implementação de princípios da economia circular nos sistemas produtivos do estado. Coordenado pela professora Cláudia Fabiana Gohr, o estudo busca aplicar esse modelo econômico na agricultura, promovendo a sustentabilidade e eficiência na utilização de recursos.
O projeto conta ainda com a participação dos professores Luciano Costa Santos, Maria Christine Werba Saldanha, Sandra Naomi Morioka, Ivan Bolis e Maria Silene Alexandre Leite. Além disso, envolve estudantes de graduação em engenharia de produção, alunos de mestrado em engenharia de produção e doutorado em administração, por meio de projetos de pesquisa (Pibic) e extensão (Probex).
A economia circular busca acelerar a transição para um desenvolvimento sustentável, substituindo o modelo linear de produção, uso e descarte. Ela propõe a reconfiguração dos processos produtivos, com foco em fechar ciclos por meio da reciclagem, remanufatura e reuso, além de reduzir o consumo de recursos materiais e energéticos.
Os resultados do projeto fornecem orientações para gestores e formuladores de políticas sobre como incentivar a economia circular, destacando a importância das ações coletivas e do compartilhamento de informações entre as organizações produtivas e seus próprios interesses.
No campo da agroecologia, o estudo identificou e avaliou práticas de economia circular em agroecossistemas do Território da Borborema-PB, mapeando o modelo de negócios atual e propondo diretrizes e melhorias para promover a transição circular, com o apoio da Associação Agricultura Familiar e Agroecologia (AS-PTA), que trabalha junto aos pequenos produtores.
O projeto contribui para a sociedade de várias maneiras, levando em conta aspectos técnicos, científicos, sociais e ambientais. Primeiro, forma profissionais qualificados que poderão promover sistemas de produção circulares. Também publica os resultados da pesquisa em revistas científicas reconhecidas. Além disso, desenvolve inovações com metodologias e ferramentas que poderão ser usadas por outras organizações. Por fim, oferece orientações para ajudar na criação de políticas públicas que incentivem a adoção de sistemas de produção circulares.
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Texto: Lucas Andrade
Edição: Marcel Vieira
Foto: Freepik
Ascom/UFPB